Dezesseis Luas - Beautiful Creatures

filme Dezesseis Luas faz sucesso no cinema e nas locadoras!!

“Dezesseis Luas” obviamente é recomendado para adolescentes, mas a boa notícia é que não fere os adultos que decidirem acompanhar seus filhos, ou críticos que precisam avaliar a obra. O filme acerta em muitos quesitos. O cenário da pequena cidade é perfeito, assim como a descrição do protagonista logo no começo, quando diz que o único cinema exibe filmes que já saíram em DVD."

Dezesseis Luas até bebe da mesma fonte de A Saga Crepúsculo e, do ponto de vista publicitário, é compreensível à associação com a franquia bilionária. Aspecto que não faz justiça a este romance fantástico água-com-açúcar e requentado, mas com conteúdo. Mais do que muitos previam.

O fim da "saga" dos vampiros brilhantes deixou uma lacuna no calendário da pequena e endinheirada Summit Entertainment, que viu em Dezesseis Luas uma solução imediata. No aspecto comercial, não há como culpar a distribuidora, afinal, o cerne dos livros de Stephanie Meyer é fielmente representado na escrita de Kami Garcia eMargaret Stohl - desde o casal sem química até o desprezo pela humanidade dos personagens. "Ser humano é sinônimo de fraqueza", já dizia Bella Swan.

A dupla culpada pelo livro ao menos teve a inteligência de não mexer com uma mitologia pré-estabelecida. Aqui, o espectador é apresentado a Ethan Waite (Alden Ehrenreich), o garanhão de uma escola do interior do Estados Unidos, e a Lena Duchannes (Alice Englert), uma bruxa (ou conjuradora) que vive reclusa na casa de seu excêntrico tio milionário. Ainda que não haja esclarecimento para o afeto entre ambos, o casal se apaixona e começa a lutar contra uma maldição que assola a família de Duchannes.

Todo o problema gira em torno do aniversário de 16 anos de Lena, pois conjuradoras como ela, ao chegar nessa idade, são convocadas a servir para o mal ou para o bem. Boa moça que é, Lena luta contra seus malditos antepassados para se livrar do lado negro. Em certo momento do filme, quando o casal conversa sobre a tal convocação, o mocinho Ethan questiona o porquê das mulheres não poderem escolher seu destino, já que o tio de Lena passou pelos dois lados. Personificando a preguiça de uma mitologia tão fraca quanto seus diálogos, Lena o responde com um sonoro "não sei".

Ainda assim, Dezesseis Luas não é todo igual aCrepúsculo. Neste filme, nota-se um elenco de apoio respeitável e um estúdio de efeitos visuais minimamente competente. Os poderes e combates do filme não parecem vindos de um seriado de segunda categoria, por exemplo.Emma Thompson é o único destaque como vilã Sarafine, ao passo que Jeremy Irons piora o seu recente histórico no cinema com o canastrão Macon.

É compreensível, no âmbito comercial, que um produto como Dezesseis Luas chegue aos cinemas. Há de existir um novo assunto nas rodas pré-adolescentes ludibriadas pela pobreza dos personagens de Stephanie Meyer. Por outro lado, a literatura fantástica estadunidense se mostra cada vez mais sem criatividade ou critério, ao se deixar levar pela mediocridade que dominou as livrarias nos últimos anos.

Fontes:

  1. https://omelete.uol.com.br/dezesseis-luas-beautiful-creatures/cinema/dezesseis-luas-critica/
  2. https://www.cinepop.com.br/criticas/dezesseis-luas_101.htm
  3. https://www.blogsoestado.com/emcartaz/2013/03/02/dezesseis-luas/